2008/02/11

O BIM e os mundos virtuais



Muito tem sido escrito sobre as potencialidades de plataformas
virtuais como o Second Life aplicadas ao ensino.

No entanto, raras serão as áreas em que o Second Life apresenta maior
potencial do que no ensino da arquitectura.

Desde logo, porque se desenrola num ambiente tridimensional, à
semelhança da arquitectura.

Mas também porque se revela uma excelente plataforma colaborativa,
onde os alunos podem desenvolver trabalhos em grupo, tanto entre
colegas do mesmo curso como entre cursos distintos.

Finalmente, mas não de menos importância, porque permite que os
alunos vejam os seus trabalhos avaliados por entidades externas à
Universidade.

Estes últimos dois factores suprimem, em larga medida, uma
deficiência crónica dos projectos de arquitectura desenvolvidos em
universo académico. Pela primeira vez temos as ferramentas para
emular a realidade profissional, permitindo aos nossos alunos
trabalhar com outras especialidades e para outras entidades.

Por estas razões, e também porque o curso de arquitectura do Polo de
Viseu da Universidade Católica Portuguesa integra desde o início o
recurso ás novas tecnologias de informação e comunicação, decidimos
criar um espaço no Second Life onde os alunos pudessem desenvolver os
trabalhos de várias cadeiras.

Com o patrocínio da Infor foi possível adquirir uma ilha


Numa primeira fase foi criado um grupo de voluntários para
desenvolver o espaço virtual onde as actividades lectivas irão decorrer.

Assim, o Fernando Vale, Fernando Silva, Rafael Cordeiro e Paulo Melo
desenvolveram 5 propostas à escala para o que poderia ser a ilha.
Estas propostas foram amplamente discutidas e votadas, no sentido de
se encontrar uma solução o mais adequada possível para o programa e
as condicionantes.

Este processo encontra-se amplamente documentado no blog de trabalho


Uma vez escolhidas as soluções (procurou-se aproveitar o que havia de
melhor das 5 propostas) os alunos avançaram para a construção da ilha.

De notar que o programa, também desenvolvido em parceria com os
alunos, aponta para um espaço amplo, eminentemente vocacionado para
proporcionar aos restantes alunos condições para modelar os trabalhos
que se irão seguir, estando também previstos vários espaços dedicados
a auditório, exposição, repositório de materiais e patrocinador.

O culminar desta fase irá acontecer no próximo dia 14 de Fevereiro,
pelas 18.00h, com a inauguração oficial da ilha, a decorrer em
simultâneo no Second Life e no Auditório Engrácia Carrilho em Viseu,
a propósito da Festa da Arquitectura

Cientes da responsabilidade que acarreta sermos o primeiro curso de
arquitectura em Portugal ( e dos primeiros no mundo) a desenvolver
trabalho de investigação no Second Life, estamos certos que a
experiência será extremamente enriquecedora para o currículo do curso
e o percurso académico dos alunos.

1 comentário:

Krippmeister disse...

Granda Mike! Tens uma second ribbon para cortar com as second scissors inaugurais?